segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Conto: PARAHYBA
Parahyba
Carlos Cartaxo
O desembarque em Recife foi tranquilo embora aquela fosse a primeira vez que pisava em solo Latino-americano. A espectativa era que essa fosse as melhores férias de sua vida. Após pegar sua mala, vermelha como o sol do verão, Firmin se dirgiu ao desembarque. Na saída foi surpeendido com o cartaz: Firmin Veslasquez. Supreso pensou rápido: ─ Mas, que coincidência! Se dirigiu a moça e na tentativa de falar Português explicou a coincidência, mas foi claro que deveria ser outro pois não havia ninguém o esperando e também não conhecia ninguém no Brasil. A morena ou melhor Michelle, tentando falar Espanhol explicou que era ele sim e que o Brasil era assim mesmo: cheio de surpresas.
Michelle, a conversa, a temperatura que era a oposta do inverno Europeu, a dificuldade do idioma, as propostas de passeio e as insinuações da moça embaraçaram a lógica do pensamento de Firmin de tal forma que quando ele percebeu já estava sentado no banco traseiro do taxi ao lado da moça.
O carro saiu do aeroporto cortando as avenidas de Recife deixando firmin tonto. Michelle insistia em insinuar, demonstrando toda força da sua feminilidade. As pernas cruzadas deixavam à mostra os tornozelos torneados e as coxas musculosas, mas tão redondas que transpareciam maciez. O tamanho dos seios eram proporionais a altura da moça, mas o que chamava mesmo a atenção era o volume, geometricamente arredondado, e o mamilo que se destacava com a ausência do sutiã.
O tempo avançada e o taxi não chegava ao hotel. Sem compreender o trajeto firmin achou que havia algo errado e indagou a questão desmonstrando impaciência. Fugindo da questão a moça se jogou carinhosamente como uma pluma nos abraços do rapaz que reticetemente rejeitou a oferta e insistiu sobre a demora de chegar no hotel. Como boa emissária Michelle tentou responder com mais carinhos, o que irritou Firmin ao ponto deste assumir ser homossexual.
Diante do dilema a moça foi taxativa e esclareceu que aquela ação se tratava de um sequestro. Firmin incrédulo tentou esclarecer que não era empresário nem tinha dinheiro que jsutificasse um sequestro. Tendo como resposta o si lêncio o mesmo quiz saber apra onde estava sendo levado. A resposta dexiou mais incógnita.
─ João Pessoa.
─ Yo soy homossexual, pero no conosco ningun João Pessoa, ni tengo encontro com él.
Irritada Michelle falou de forma grosseira que João Pessoa era uma cidade e que ele estava sendo sequestrado para lá. Que ele ficasse calmo que lá era tranquilo, que a cidade era muito verde e ficava no Estado da Paraíba.
Mundando seu semblante tentando oganizar as idéias Firmin sorrateiramente sorriu e falou. ─ Yo soy historiador e sei que esta ciudad se llamou en pasado Parahyba.
Enquanto Michelle confirmava com a cabeça sem dar a credulidade ao conheimento do rapaz, ele com entonação, misto de prazer e desejo, afirmou: ─ Entonces es en Parahyba que yo quiero quedar.
Conto publicado no livro Sonho de Feliz Cidade, edição do Sebo Cultural, João Pessoa, 2007.
Tags: conto, literatura, arte.
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