Romance A família Canuto

Romance A família Canuto
Romance A família Canuto e a Luta camponesa na Amazônia. Prêmio Jabuti de Literatura.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O universo da arte em contextos adversos

O universo da arte em contextos adversos
Carlos Cartaxo

O mundo nos expõem inúmeras imagens no nosso cotidiano. Infelizmente, na maioria das vezes, passamos despercebidos do que realmente deve ser visto. É a velha concepção de que se vê, mas não enxerga. Essa pouca percepção podemos considerar como sendo um dos elementos que compõe o analfabetismo visual, conceito inerente a educação visual e, consequentemente, ao mundo das artes. Portanto é sobre esse tema que trato agora.
É claro que essa questão é muito mais ampla, pois trata-se de leitura visual, por isso o termo analfabetismo visual; não obstante a complexidade,introduzo o debate com o intuito de ampliar esse conteúdo. Para superar essa, digamos deficiência, faz-se necessário trabalhar alguns sentidos, principalmente a visão. Todavia não basta estimular a visão, precisamos estimular a sensibilidade e a percepção para avançarmos na cognição. Só assim teremos um debate social maduro através da arte.
Pois bem, em recente visita ao Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque eu me deparei com inúmeras obras, principalmente esculturas e pinturas, com nu e fui direcionado a analisar o tratamento dado, por parte de grupos conservadores, sobre a exposição QueerMuseu realizada em Porto Alegre e a performance "La Bête" do MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo. Para os conservadores, arautos da "boa" moral, criança não pode entrar no Metropolitan e, tem mais, nem passar na calçada. Dentre as dezenas de obras com nu, talvez centenas, destaco o Sarcófago romano de mármore, datado de 220-230 d.C., e a imagem da calçada em frente ao Metropolitan. Complementando publico a imagem de um pedinte, branco, na esquina da famosa loja Macy's, considerada paraíso do consumo pela sua grandeza, preço e qualidade dos seus milhares de produtos.



Então, me resta refletir sobre o papel da arte na representatividade humana em sociedade. Nova Iorque mostra inúmeras faces da vida humana. É um espaço belo onde fervilham consumidores, trabalhadores e turistas curiosos. Nesse contexto reflito sobre que mundo a arte pode oferecer à formação intelectual, cultural e ética de uma criança. Para os conservadores e moralistas, a criança poder crescer vendo pedintes e miséria a olho nu nas ruas, mas não pode ver o nu, natural do ser humano, em museus. Lembro que museus e teatros são espaços públicos, mas fechados, onde os pais têm a liberdade e o direito sobre levar ou não seus filhos e que as obras artísticas não têm qualquer conteúdo erótico, diferentemente do que é visto cotidianamente nas televisões brasileiras.

 
Fruto dessa onda conservadora e retrógrada, inclusive na política, que vem se espalhando pelo Brasil, fui informado que um escola evangélica de Bayeux, na grande João Pessoa, reuniu os pais e mães para falar sobre o tema do nu e do cuidado que deve-se ter com a formação das crianças. Foi uma tarde doutrinária coordenada por um psicólogo evangélico. Para o debate tiveram como referência o ECA - Estatuto da criança e do adolescente. É claro que interpretaram o ECA em parte e de acordo com a concepção evangélica. A fonte da informação tem formação acadêmica e evangélica e defende, por exemplo, os homossexuais. No entanto, no final da conversa, ao falar sobre o tema, preocupada com a filha criança, condenou as ações artísticas, acima citadas, em nome da moral e dos bons costumes.
Para quem estuda e trabalha com arte, esses eventos só vêm reforçar a necessidade da arte se abrir, sair dos museus e galerias, teatros e auditórios, espaços fechados e burgueses, para permitirem uma formação plural através da educação visual. Tentar cercear as crianças de conhecerem o "mundo" naturalmente é formar pessoas com pouco conteúdo e sem leitura crítica, portanto submissas e alienadas . Aqui deixo a reflexão para os leitores e concluo que a arte é um universo cujo conteúdo nos situa e nos faz enxergar, além de ver, os contextos adversos que nos cercam.
Fotos do autor

terça-feira, 2 de maio de 2017

O contraditório do tecnicismo no ensino da arte

O contraditório do tecnicismo no ensino da arte
CC



Eu iniciei minha trajetória como diretor teatral, em 1982, no espetáculo infantil “Vamos brincar de Circo”, texto de Francisco Medeiros. Essa montagem me introduziu no universo da educação e da cultura como pesquisador. De lá, início da década de 80, século XX, a segunda década do século XXI, dirigi alguns espetáculos alguns espetáculos teatrais tendo como fundamento a técnica circense. Elaborei três personagens de palhaço. O primeiro, Ventania, criei para a peça teatral “O palhaço e o rei”, texto de Marcos Pequeno; o segundo, Beroaldo para solos cênicos; e Mimoso, para animação e apresentações artísticas. Essa experiência com o universo lúdico infantil, na sua magnitude, se deu através do Grupo de Teatro suspensório Produções Artísticas, em Parahyba, capital do estado da Paraíba.
Fruto dessas vivências e de uma especialização em Ensino Superior na Universidade da Amazônia, UNAMA, em Belém do Pará, nasceu o livro “O ensino das Artes Cênicas na Escola Fundamental e Média”. Nesse trabalho há um capítulo sobre circo onde abordo a gênese dessa expressão artística: sua origem, as companhias circenses, a dramaturgia circense, o artista circense, o palhaço, o circo no contexto do modernismo, e o circo, enquanto conteúdo, na escola. Introduzo também  processos metodológicos no ensino do circo na escola, momento em que demonstro caminhos metodológicos através de atividades como: vamos brincar de circo, que são atividades que podem ser desenvolvidas em todas as séries do ensino básico; brinca de malabarista; brincar de cambalhotas, exercícios individuais, de dupla e de trio; parada de mãos; parada de mãos e cabeça; pirâmide de virilha; equilíbrio no rola-rola; perna-de-pau; o domador e seus “animais amestrados”; e números de palhaço. Esses exercícios são ilustrados, o que facilita o planejamento e execução para cada série.
Quando escrevi o livro “O ensino das Artes Cênicas na Escola Fundamental e Média” já tinha a arte híbrida como foco do meu trabalho. Á época ainda não tinha um embasamento teórico que certificasse o trabalho como híbrido; todavia, podemos reconhecer que essa tendência rizomática para a arte na escola tem fundamento porque compreendo a arte como uma experiência humana que se dá em rede, de forma diversa e concomitante. Essa é uma questão plural, nunca específica com base tecnicista, que é abordada pela ótica pedagógica. O seu conteúdo se dá de forma inter ou transdisciplinar, seja na educação formal ou informal. Essa concepção se choca com a proposta dos PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais que vieram depois da LDB 9394/96. Esses PCNs alteraram o ensino de arte; destituiu o ensino das artes cênicas, para garantir o ensino do teatro e da dança, além da música e das artes visuais.
Em 20 de abril de 2017, vi o espetáculo “Estações” da Escola Livre de Circo Djalma Burahêm, na Escola Piolin, em Parahyba. A luz e a trilha sonora complementam a plasticidade do espetáculo. A base técnica do trabalho é a arte circense, mas há concomitância com a dança e o teatro. A cada cena, durante a apresentação, eu me perguntava: como o circo pode estar, como conteúdo, fora do ensino de arte na educação formal? É um exemplo do estreitamento do conteúdo do ensino de arte na escola brasileira. Se o professor quiser trabalhar esse conteúdo tem que inserir na disciplina de teatro. A mesma questão de cerceamento do circo se dá também com a performance e outros conteúdos do universo da arte.
Essa tendência de fatiar o ensino de arte em apenas quatro áreas da expressão humana é uma concepção tradicional, tecnicista, que foi apresentada ao mundo no final do século XIX,  início do século XX, por Frederick W. Taylor. A proposta de fracionamento do trabalho, reduzindo a habilidade do trabalhador a apenas uma ação dentro do sistema de produção, foi apresentada nos Estados Unidos da Américas. Taylor criou a figura do especialista. Em seguida essa técnica foi adotada por Henry Ford, nas suas fábricas de automóveis, com o fim de racionalizar o sistema de produção. O objetivo era limitar o saber do operário sobre seu próprio trabalho e controlar o conhecimento deste sobre suas atividades profissionais. O operário deveria ter apenas uma habilidade técnica. Daí nasceu o domínio limitado do saber profissional. O operário tinha que saber tudo sobre sua atividade, mas não precisa, em muitos casos, não deveria, saber nada sobre a operação seguinte ou anterior a sua.
No final do século XX essa ideia chegou ao ensino de arte no Brasil e continua até hoje. O professor, formado em teatro, que trabalhar  com artes visuais ou seja fotografia, elaboração de cartaz, pintura de moral ou cenário, confecção de bonecos, corre o risco de ficar em uma situação delicada. É um forte candidato a ir à forca. Podem ser excomungados da “igreja” dos tecnicistas e especifistas do trabalho. O professor de música que ousar dirigir um musical com seus alunos, uma performance ou uma coreografia para o coral da turma, também pode ser julgado pelo tribunal da inquisição do universo professoral da arte. A habilidade de múltiplos saberes é confundida com polivalência na educação. Essa resistência a pluralidade de saber conduz à departamentalização do ensino da arte, o que termina excluindo áreas do conhecimento artístico do currículo na escola formal. Inúmeras experiências na educação informal, principalmente, no terceiro setor, tem demonstrado a eficiência pedagógica de se trabalhar com conteúdos oriundos da arte híbrida. O Itaú cultural é um bom exemplo. “Em Cena Sonora” foi  série da Rádio Itaú Cultural, criado pelo curador Ricardo Carioba, com programas experimentais que misturam artes cênicas com peças de áudio, voltados para artistas de formação variadas - músicos, bailarinos, atores, diretores, poetas, coreógrafos. É a produção de uma paisagem sonora que possibilite diálogos com a dança ou com a expressão teatral. É a convergência da arte e da comunicação no processo de aprendizagem. Os resultados foram quatro programas que, por diferentes abordagens, sugerem imagens, movimentos e encenações que você ouve ou pode baixar para ouvir onde quiser através da página do Itaú Cultural que fez o seguinte chamado:
Rádio, dança e teatro: dá para misturar? Esse foi o desafio que lançamos a artistas de várias origens − músicos, bailarinos, atores, diretores, poetas e coreógrafos. O resultado é Em Cena Sonora, nova série da Rádio Itaú Cultural, com programas experimentais que misturam artes cênicas com peças sonoras.
Com diferentes abordagens, os quatro programas sugerem imagens, movimentos e encenações que você ouve ou baixa para ouvir onde quiser. Confira! (ITAÚ CULTURAL).
Outros centros de pesquisas, pelo mundo, estão caminhando na perspectiva de trabalhar a arte híbrida pela ótica pedagógica transdisciplinar. Lembro que de 3 a 5 setembro de 2009 o Colégio das principais universidades da Catalúnia, Espanha, realizou O III Congreso de Educación de las Artes Visuales, com o tema: Por um diálogo entre as artes.  Então, parece evidente que as expressões artísticas e a comunicação estão em uma reta de sintonia no sentido de ver e rever conteúdos e metodologias nas áreas em questão.
Essa abordagem não é nova, é secular; “o projeto da modernidade instituiu a especialização e criou um superespecialista” (COELHO, 1995, p. 106), o tecnocrata, o “gênio” de uma única área do conhecimento, o exímio conhecedor de uma única coisa, o deus da sabedoria. Ela limita possibilidades de vivências transdisciplinares, por esse motivo está sujeita a críticas, principalmente quando nos reportamos a uma compreensão rizomática do conhecimento.
Então, diante da pluralidade representativa do universo da arte, nesse início de século XXI, acredito que passou da hora de pesquisadore(a)s da área em questão, pensarem sobre a perspectiva de que a dicotomia entre teoria e prática no ensino de arte, leituras e vivências, merecem uma análise aprofundada que não seja aquela da departamentalização do conhecimento sobre o estudar e o experimentar arte.

Referências
CARTAXO, Carlos. Amor invisível: artes e possibilidades narrativas. João Pessoa: Ed CCTA, 2015.
______ O ensino das Artes Cênicas na escola fundamental e média. João Pessoa: Edição do autor, 2001.
COELHO, Teixeira. Moderno Pós-moderno. São Paulo: Iluminuras, 1995.
LINHART. Robert. Lenin, os camponeses, Taylor. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983.
SANTAELLA, Lucia. Por que as comunicações e as artes estão convergindo? São Paulo: Paulus, 2007.

http://www.itaucultural.org.br/bcodeaudio2/64458_64459.mp3


 Fotos: Sheyla Targino

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Formação de professor e qualidade da educação

 Formação de professor e qualidade da educação
Carlos Cartaxo
É importante termos consciência de que a educação deve ser determinada por uma política de Estado. Muitos veem a educação como uma política de governo. Esse raciocínio é um equívoco porque é determinístico para o debate em pauta. Governos saem, governos entram; já o Estado permanece com suas responsabilidades políticas e administrativas. Considerando o conceito acima podemos afirmar que formação é uma questão de política de Estado cuja aplicação necessita de uma ação de governo. 

Então o governo que cumpri uma policia de Estado de investir em educação, tendo como um dos pilares a formação do professor, está gerindo essa área com a responsabilidade devida que todo país merece. Pois bem, no momento estamos diante de uma quadro pouco favorável a esse raciocínio. O governo Federal do Brasil acabou de aprovar o projeto de Lei do Ensino Médio que cria a figura do professor notório saber. Na verdade essa “figura” foi tirada do fundo do baú onde já havia sido “esquecida” devido seu papel pouco construtivo para a qualidade na educação.
O professor notório saber fazia sentido quando a sociedade não tinha profissionais qualificados pedagogicamente para ministrarem certas áreas do conhecimento. Todavia, hoje com inúmeras licenciaturas, não faz sentido colocar em sala de aula quem não tem formação pedagógica para tal. Na prática significa dizer que o engenheiro, da prefeitura ou da construtora, pode dar aula de matemática ou física. A enfermeira, do posto de saúde, pode ministrar biologia e ciências. O padre pode ministrar línguas e português. O organizador de casamentos e festas infantis pode dar aula de artes, etc. Essa lógica de adoção do professor notório saber é um retrocesso; é perversa no que concerne a busca de qualidade na educação para nossos filhos e para todos os discentes independentemente de classe social. É claro que não está em tela a competência de conteúdo do engenheiro, da enfermeira, do padre, muito menos do ornamentador. O que está em jogo é a formação pedagógica do profissional que assume o papel de professor.
Esses profissionais não licenciados, certamente, não conhecem, com propriedade e com vivências didáticas as tendências pedagógicas. Quem assume a tarefa de educador precisa conhecer as principais tendências, ou seja, Tradicional, Escola Nova, Tecnicista, Libertadora, Crítico-social dos conteúdos, Piagetiana, Construtivista e Construcionista. Sem conhecimento, como vão proceder em sala de aula? Que instrumentos e recursos pedagógicos utilizarão nas aulas? Essas questão aparentam simplicidade, todavia, no fundo, são de uma complexidade significativa porque a propensão é que o profissional docente não qualificado trabalhe com a tendência tradicional, que é uma proposta de educação centrada no professor, cujo procedimento pedagógico se resume em ações de vigiar os alunos, aconselhá-los, ensinar a matéria de forma reprodutiva e corrigi-la de forma que a verdade seja unilateral.
Sem conhecimento pedagógico, o professor, na maioria dos casos, não implementa uma relação de ensino-aprendizagem construtiva e dialógica. A relação não é flexível, mas instável, despontando insegurança em quem ensina e em quem aprende. O laço pedagógico constituído, nesse caso, tem como base o amor líquido (BAUMAN, 2004) que se exaure com uma rapidez estonteante, imprevisível, confuso e complexo.
O tema Formação de professor e qualidade da educação faz parte de um contexto que foi diretamente afetado pela Medida Provisória, MP, Nº 746/2016  da contrarreforma do Ensino Médio, no Brasil. Ela altera a Lei 9.394 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional quanto ao termo Notório Saber. Essa MP resgata a figura do professor notório saber, que é aquele não precisa ter graduação, nem formação pedagógica para ensinar. No artigo 1, no item IV, da Medida Provisória, lê-se: “IV – profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação para atender o disposto no inciso V do caput do artigo 36” que diz: “Art. 36.  O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos específicos, a serem definidos pelos sistemas de ensino, com ênfase nas seguintes áreas de conhecimento ou de atuação profissional: I – linguagens; II – matemática; III – ciências da natureza; IV – ciências humanas; e no que concerne a formação de professor diz: V – formação técnica e profissional.” Portanto, cada sistema de ensino poderá reconhecer diferentes profissionais para ministrarem os conteúdos referentes à área técnica e profissional, sem exigência de uma formação em licenciatura, por exemplo.
 Se contrapondo a referida Medida Provisória, fortaleço a ideia de que a formação do professor deve ser constituída de duas fases. A primeira a formação inicial que se dá na licenciatura; e a segunda, continuada, que se dá quando do exercício da profissão. A sustentação que dá suporte a qualidade do ensino, no que concerne a formação do professor, é a formação continuada. Contudo se o professor é notório saber e não tem uma formação pedagógica inicial, para ministrar aulas, como se dará a formação continuada. Com esforço esse professor tentará acompanhar o debate pedagógico acerta dos avanços metodológicos da disciplina e dos conteúdos que ministra, todavia na realidade é um professor, notório saber, fora do contexto pedagógico e tentando trabalhar com procedimentos tradicionais que se chocam com a realidade pós-moderna em que estamos inseridos.
Todo professor deve conhecer a evolução do pensamento da criança para poder diagnosticar a fase evolutiva da aprendizagem em que o discente se encontra. Essa é uma condição necessária para se ter na sala de aula uma aprendizagem que seja prazerosa e motivadora. Isso significa dizer que o profissional que não tem formação pedagógica encontrará em sala situações que ele não tem formação para administrar. Nesse caso será instituída uma relação de poder onde a razão estará sempre com o professor e o aluno se torna um sujeito invisível no processo de ensino-aprendizagem.
A qualidade na educação está diretamente ligada a formação de professor. Essa é uma relação que exige decisões políticas que devem ser consolidadas e elaboradas a partir da determinação de relações de poder, realidade que tem sido constituída por políticas pedagógicas equivocadas e, concretamente, falta de políticas de Estado para uma educação voltada a equidade do saber. Por ilação, é um equivoco incomensurável o retorno do professor notório saber à sala de aula porque é a volta de uma educação opressora, conservadora, indo na contramão da educação que faz do aluno um sujeito ativo e participativo no processo de ensino-aprendizagem.

Referências
BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: sobre as fragilidades dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.
CARTAXO, Carlos. Amor invisível: artes e possibilidades narrativas. João Pessoa: Ed. CCTA, 2015.
______O ensino das artes cênicas na escola fundamental e média. João Pessoa: edição do autor, 2001.
FOUCAULT, Michel. A Arqueología do saber. Rio de janeiro: Forense Universitária, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
GOERGEN, Pedro. Pós-modernidade, ética e educação. Campinas: Autores Associados, 2001.
GOODSON, Ivor F. Historias de vida del profesorado. Barcelona: Octaedro, 2004
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

http://appprova.com.br/2016/09/29/notorio-saber-verdades-e-mitos/