Romance A família Canuto

Romance A família Canuto
Romance A família Canuto e a Luta camponesa na Amazônia. Prêmio Jabuti de Literatura.

terça-feira, 28 de julho de 2009


Convido toda(o)s para o lançamento do meu novo livro Teatro Determinado, sexta-feira dia 31 de julho às 20 horas na ADUFPB, Praia de Cabo Branco, ao lado do Jangada Clube em Parahyba (João Pessoa) - PB.

Esse é um trabalho de literatura dramática, pois trata da publicação de cinco textos teatrais escritos a partir de experiências em atividades didáticas de extensão universitária. A obra está estruturada com base em gêneros teatrais. Há uma abordagem sobre revista teatral com a respectiva publicação dos textos: A carne é fraca e Terra Brasilis. Em seguida se aborda o teatro de rua com a publicação de A mangueira. Aborda-se também a relação da dramaturgia com o meio ambiente e publica-se A Saga do caranguejeiro. Por último aborda-se o teatro do absurdo e publica-se o texto Diálogos do absurdo.

Dois textos foram escrito em parcerias. No caso de A Carne é fraca a parceira foi com Marcos Dias Novo. Em A saga do caranguejeiro foi com Guto Sarmento, Jefferson Souza, Ivaney Darling, Márcia Lima e Vergara Filho. Os outros textos: Terra Brasilis, A mangueira e Diálogos do absurdo, foram escritos por Carlos Cartaxo, mas, considerando as pesquisas realizadas pelos participantes das experiências. Dois textos foram pesquisados, escritos e montados em Belém do Pará: A mangueira, em 1994 e A saga do caranguejeiro, em 1998/1999. Os textos: A Carne é Fraca, em 1985: Diálogos do absurdo, em 2001 e Terra Brasilis, em 2002, foram trabalhados em João Pessoa.

Os trabalhos aqui publicados não têm apenas o papel de registro, mas objetivam relacionar textos teatrais que tenham uma aproximação definida com gêneros que demarcam parte da história do teatro. Estas obras dramáticas, como não poderiam ser diferentes, têm uma relação ideológica que uniu quem as escreveu. Ao partir para essa aventura de escritores, sabíamos que estávamos entrando em um campo minado pela crítica, mas não nos detivemos com essa barreira e por isso mesmo chegamos ao teatro determinado. Com essa gana lemos, pesquisamos e escrevemos. E como resultado, o autor apresenta cinco textos teatrais que deixa aqui à disposição dos leitores.

No universo pensante da arte, o que tem predominado nos últimos anos é o conceito moderno de arte, baseado nos princípios da genialidade, originalidade e autenticidade. Contrapondo esse pensamento, Carlos Cartaxo se propôs a escrever e fazer teatro com a concepção de que arte é tudo aquilo que o leitor compreende como sendo arte. A liberdade de criar e se expressar fazem com que esse escritor e professor insista em produzir arte, seja literatura, espetáculos ou outra obra qualquer, sem se deter a conceitos e preconceitos estabelecidos pela elite que tenta, há dois séculos, fazer da arte uma mercadoria e não uma expressão humana. Segundo Cartaxo, essa arte, que se entende nos meios culturais, é uma invenção européia que tem apenas duzentos anos. Então, todo o legado cultural de milhares de anos da humanidade não é arte? É bom registrarmos que antes desse conceito ocidental, de belas artes, que hoje predomina havia um sistema de arte utilitário que acompanhou toda a trajetória humana.


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