terça-feira, 9 de novembro de 2010
Festival de Teatro de Nova Palmeira
Festival de Teatro de Nova Palmeira
Horário: 13 novembro 2010 às 20:00 h e 14 novembro 2010 às 20:00 h
Local: Teatro Lima Penante
Rua: João Machado S/N
Cidade: João Pessoa
Entrada Franca
O CENEP - Centro de Educação Popular de Nova Palmeira apresentará cinco peças teatrais adaptadas de contos do escritor paraibano Geraldo Maciel com patrocínio do BNBCultura/BNDES, Governo Federal, governo do Estado da parañíba, dentro do Programa Mais Cultura.
Dia 13 de novembro serão apresentadas:
"A doce rapadura da vingança", "O amor é quase eterno" e "Porque somos muito pobres".
Dia 14 de novembro serão apresentadas:
"O que posso lhe contar" e "Duas esposas"
Esse é mais um trabalho de extensão do Departamento de Artes Cênicas da UFPB, coordenado pelo professor Carlos Cartaxo, com apoio dos Companheiros das Américas.
Segundo Cartaxo "O projeto tem a participação de pessoas da zona urbana e rural da cidade de Nova Palmeira, que interagem em uma demonstração inequívoca, da multiculturalidade e suas possibilidades interterritoriais que fazem parte do nosso cotidiano".
O projeto
O projeto teve como primeiro objetivo exercitar a escrita dramática, estimulando a leitura e o fazer teatral. De modo que iniciou com uma oficina de teatro e uma de literatura dramática. Os contos de Geraldo Maciel foram a inspiração para as atividades de leitura, escrita e encenação. Um segundo objetivo foi incentivar jovens e professore(a)s da cidade e da zona rural à leitura, como consequência, estimular à escrita, principalmente, nos gêneros literários do conto e da dramaturgia.
O trabalho foi desenvolvido a partir de uma metodologia adotada por Carlos Cartaxo. A primeira ação foi a realização de uma oficina de interpretação teatral. Em seguida se exercitou a leitura de histórias infantis, bem como o exercício de contar histórias. A fase seguinte foi a leitura dos contos de Geraldo Maciel e a seleção dos contos que seriam adaptados para texto teatral. Essa fase foi importante porque a maioria dos participantes nunca tinha lido um conto, nem uma peça teatral. A adaptação literária dos contos para peças teatrais foi dos alunos. Contudo, a parceria e a responsabilidade foi do próprio Cartaxo. Para o professor, essa fase foi importante porque a maioria dos participantes nunca tinha lido um conto e nem assistido a uma peça teatral o que fez com que o mesmo lesse, relesse e discutisse cada texto, terminando por contribuir com a escrita, visando os ajustes finais, correções e, principalmente, acréscimos que se fizeram necessário, em nome da consistência literária e dramática.
Essa proposta metodológica, possibilitou que crianças, jovens adolescentes, estudantes universitários, donas de casa, professore(a)s e líderes comunitários, moradores da cidade e da zona rural, fossem estimulados à fruição artística através da leitura e do teatro. Segundo Carlos Cartaxo “Nesse processo educamos através da arte, introduzindo conceitos estéticos sobre culturas, identidades culturais e aproximamos a comunidade, através da arte, no caso do conto e da literatura dramática”.
Com os textos escritos, o grupo partiu à encenação. No exercício da escrita dramática, naturalmente, afloraram os talentos. Com a encenação, a formação cultural das pessoas fez brotar intérpretes que, certamente, fizeram o orgulho de Geraldo Maciel aplaudi-los silenciosamente. Muitos ensaios foram realizados, laboratórios, exercícios de relaxamento, de voz, aquecimento, entrosamento de grupo e improvisação teatral. Muitos jogos e muitas reuniões foram realizadas para quebrar arestas de relacionamentos, ego, orgulho e disponibilidade de tempo. Enfim, o trabalho foi realizado tentando construir um pensamento cultural a partir da motivação e do compromisso.
Na segunda etapa, ou seja, a encenação dos textos teatrais que foram adaptados dos contos de Maciel, o trabalho foi mais técnico. Como os participantes nunca tinham visto um espetáculo cênico, a montagem teatral se deu de forma lenta e pedagógica. Segundo Cartaxo: “Já era esperado que houvesse alguma dificuldade dos participantes quanto à escrita dramática e a encenação em si, o que exigiu muito trabalho de pesquisa para a criação das personagens”. Cartaxo ratifica a importância do processo argumentando: “Para minha surpresa, o que parecia dificuldade não passou de um leve empecilho, logo superado pelo rompimento dos limites estabelecidos pela falta de oportunidade de vivenciar a arte”.
Segundo Carlos Cartaxo:
Geraldeando é uma ideia, uma ação, um espetáculo ou vários espetáculos, um livro. É a continuação da obra de um homem. É a literatura de Geraldo Maciel adaptada para ser encenada. É um abraço, amigos, leituras. É uma obra coletiva, feita de gritos, palavras e sussuros. É um ato de amor!
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