Teatro e transformação social
Carlos Cartaxo
Na década de 1980 o Estado da Paraíba tinha um movimento de proteção ao meio ambiente organizado e forte; da mesma forma era o movimento teatral e artístico de modo geral. Acompanhando esse ímpeto, o grupo de teatro Suspensório Produções Artísticas participava ativamente dos movimentos sociais, além do cultural. Como a base de formação do grupo sempre foi de professores de arte e de pessoas envolvidas, direta ou indiretamente, com a educação, surgiu a necessidade de se trabalhar o tema meio ambiente com um trabalho voltado à criança. A partir dessa intenção nasceu o texto O tico-tico cantador que escrevi para levar aos palcos dos teatros, das escolas e da vida.
O texto se baseia em valores éticos que enfatizam aspectos como: liberdade, solidariedade, lealdade e amizade. Com base nesses eternos embates humanos, O tico-tico cantador prima por um importante bem da vida: o respeito pelas diferenças. Como o ser humano é o único ser vivo que mata por prazer, o texto se apropria dessa contradição para enaltecer qualidades que vão de encontro a esse comportamento irracional que não se coaduna com uma vida civilizada.
Por princípio o texto se propõe a ser educativo, o que revela a opção ideológica do autor e de trabalho do grupo. É bom ressaltar que para ser educativo não basta querer, é necessário ser, de maneira que a filosofia de ação proposta pelo texto o insere no que denomino de teatro de atitudes.
O tico-tico cantador está no livro Teatro de atitudes de Carlos Cartaxo, publicado pela editora Sal da Terra em 2005. Tem 195 páginas e apoio do FIC – Fundo de Incentivo a Cultural – Augusto dos Anjos do Governo do E stado da Paraíba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário